sexta-feira, 1 de maio de 2009

So kiss me...

Parece que alguém morreu. Há no ar um silêncio atordoante.
Um presságio de medo. Sentir tua falta será inevitável. Parece que tudo está suspenso.
Que tudo me foi tirado com crueldade, e que daquele prazer não mais usufruirei.
É uma vontade calada de chorar. De repente choro. E não alivia. Continua a doer. É surreal.
É tão forte que nem escrever abafa. Nem ler Lispector faz efeito. Te pensar como passado não parece certo agora.
Acabei de te ver abrindo a porta do meu quarto e dizendo, em tom esbaforido que precisa se redimir. Mas era apenas tua sombra. Ou o que quis ver dela.
A verdade é que ainda sinto o teu cheiro e ouço tua voz. Porque meu sentimento terá que ser cortado ao meio e jogado no lixo. As duas partes. Urgentemente.
A verdade é que ainda te quero, e muito.
Experiência nova. Sensação estranha. Aflição medonha. A noite será longa, e os dias que virão também.
Eu te permito ficar feliz por saber que te quero. Mas gostaria muito de saber que sentes minha falta. Ainda te sinto aqui dentro. E sinto tua mão na minha.
Qualquer música me toca e me faz lembrar desse sorriso, desse olhar teu.
A verdade é que ainda te quero.
Muito.

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