quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ela morou em Maceió.

Um realejo começou a tocar e eu abri um livro. Livro novo, de páginas repletas de imagens. Imagens de alguns lugares distantes e de nomes esquisitos.
De repente vem a sensação de reconhecimento, de auto-reconhecimento. Chega Villa-Lobos e as paisagens do livro mudam. A Valsa da Dor agora chega para dar melodia ao sentimento: "O navio aportara a Maceió, sob um sol a pino. Canoas oscilantes e frágeis trouxeram-nos até a praia", lê-se.
E tudo se reconhece. Consigo enxergar um elo na coisa lida e na coisa vivida. As coisas se juntam e é aí que vejo que tudo se repete, tudo tem um porque, uma ligação e uma sincronicidade. Eu não gosto do que gosto somente por gostar. Existe um porque para tudo. Até para as questões de berço.
Voltei pro berço.

3 comentários:

ana disse...

texto ruim.

Anônimo disse...

perder-se também é caminho.

Leonardo Brayner disse...

O que me saltou à vista foi como as coisas são interligadas.

"E tudo se reconhece. Consigo enxergar um elo na coisa lida e na coisa vivida".

Isso é de que a humanidade precisa: perceber que toda separação é uma ilusão criada para nos deslocar. Nós temos que nos REunir. A primeira coisa que eles fazem quando nascemos é nos pôr o primeiro rótulo - o nome.

"As coisas se juntam e é aí que vejo que tudo se repete, tudo tem um porque, uma ligação e uma sincronicidade."

Isso é o que temos que fazer. Como o personagem Neo no filme Matrix, nós temos que ser a realidade para depois pordermos enxergá-la.